
Meus queridos:
Fui assistir ao filme ontem, sozinha, dia 28 de dezembro de 2008, num Cinemark da vida e a expectativa era grande, assim como a fila.
Eu amo cachorros e tenho um lindo, que minha mãe deu o nome de Dino (em homenagem ao dinossauro Dino, da família Flintstone).
Realmente, em se tratando de fidelidade, lealdade e amor incondicional, tenho certeza que os cães, à revelia dos homens, têm de sobra.
O amor de Marley por sua família era maior até do que mostra o filme. Eu, particularmente, achei que o diretor enfatizou muito os personagens humanos, que, com certeza, John Grogan não enfatizou em seu livro. O livro era de Marley e os coadjuvantes eram seus donos.
No filme, um Owen Wilson muito parecido comigo. Adorando seu cachorro sem reservas, com o carinho que todos eles devem ter e toda a dedicação também.
Uma das cenas que achei bárbara (vivi a mesma situação, mas em circunstâncias diferentes), e entendi perfeitamente o recado, é a cena de Jenny, quando chega em casa e começa a chorar, por ter perdido seu bebe com 10 semanas.
John entendeu o sofrimento dela, mas foi Marley, o doce e atrapalhado Marley quem sentou-se ao lado de Jenny que, em prantos, foi consolada por ele: o maravilhoso labrador que é humano sim, mais do que muitos ditos seres humanos o são.
Achei que em dado momento do filme, eles colocaram John(Owen Wilson) narrando vários trechos de sua vida, para que tivéssemos a impressão que o tempo passava. Nisto, muito do livro se perdeu.
Cenas hilárias? Sim, muitas. Mas quando li o livro ria sozinha no metrô, no ônibus, mas ao assistir ao filme, imaginei que riria mais.
Fechando meu comentário, se o personagem principal do filme realmente tivesse sido um cão, o filme seria mais fiel ao livro e muito melhor.
Boas as participações de Owen Wilson e Jeniffer Aniston. Excelentes as participações de todos os cães que interpretaram Marley.
Abraços e um bom 2009
Elaine
Aliás, uma das críticas razoáveis com relação ao filme é tratar o personagem principal como um menino ingênuo que acabou no mundo das drogas por conseqüência única do mundo externo, sem responsabilizá-lo por isso. A culpa fica nas mãos da família, dos amigos, da cultura da classe alta, etc. Afinal, João Estrella não devia ser assim tão ingênuo. Inconseqüente sim, mas não ingênuo.
Essa referência faz transparecer que o diretor preferia que o personagem principal tivesse morrido, seria um final mais romântico para o filme. Porém trata-se de uma história baseada em fatos reais, e neste caso, João Estrella ainda está vivo. É hoje produtor musical e por conta do filme, virou blogueiro.