
É uma história de amor e superação, com quase 3 horas de filme, onde nem percebemos que o tempo passou.
Meus queridos:
No início, o filme assombra pelos efeitos. É inacreditável ver o bebê-velho, abandonado na escada de um asilo, com o rosto enrugado de Brad Pitt. Leva algum tempo para que essa sensação de estranheza se dissipe, mas o ritmo pacato e centrado do primeiro ato é focado nesse sentido. Conforme Benjamin torna-se capaz de sentar-se, começa a balbuciar suas primeiras palavras, levanta-se com o auxílio de muletas. Aos poucos, vamos nos acostumando com o corpo senil de Pitt, criado através de computação gráfica e efeitos práticos de maquiagem. Enfim, quando Benjamin está pronto para explorar o mundo lá fora estamos mais que prontos a acompanhá-lo. Nesse ponto, o filme torna-se poético e assim o é até o final.
Como Benjamin foi criado em um asílo começamos a pensar sobre a mortalidade, a passagem do tempo e o amor, em uma bem amarrada sucessão de eventos históricos vividos pelo protagonista.
Uma das cenas que mais me chamou a atenção, no início do filme, foi a do Sr. Cake, um relojoeiro cego que constroi um enorme relógio para ser colocado na estação de trem local.
O paralelo traçado com os ponteiros do relógio girando na direção anti-horária, dão alusão à volta no tempo, para que talvez os pais, incluindo o Sr. Cake, pudessem ter seus filhos vivos novamente, uma vez que muitos morreram na guerra.
Pensei também, e aí entra o paralelo, que a vida de Benjamin seguia no sentido anti-horário! Fiquei encantada com a qualidade do insight inserido no contexto do filme. Chocante! Impressionou-me pelo fato de o relógio estar funcionando no sentido exato da vida de Benjamin, voltando no tempo.
A estrutura lembra bastante Forrest Gump - o roteiro é de Eric Roth, e não falta aqui também um relacionamento impossível, como o de Forrest e Jenny. Benjamin "cresceu" ao lado da menina Daisy, que ele encontra nas férias quando a garota vai visitar a avó no asilo. A diferença de idade aparente, porém, os afasta. Até que eles se encontram anos depois - ela 20 anos mais velha, ele 20 anos mais moço. Aliás, a cena em que Cate Blanchett, que vive Daisy, ao pé da escada, reconhece o amigo, é uma das mais emocionantes do filme.
O casal protagonista está perfeito, bem como o excepcional elenco de apoio que inclui Tilda Swinton (Elizabeth Abbot), Taraji P. Henson (Queenie), Jason Flemyng (Thomas Button) e Jared Harris (capitão Mike), Joeanna Sayler (Caroline Button).
Eu acho que falar ou escrever, não traduz o filme. Assistam pois é excelente. Prende a atenção, é lindo, faz pensar, a fotografia é MARAVILHOSA. O elenco ARRASA.
Minha especial homenagem à Cate Blanchett pois sua interpretação foi excepcional. Ela no papel de velha, brilhante! Cate dançando? Perfeita! Eu acho que o Oscar de 2009 tem de ir para ela.
Brad Pitt, muito bem, num papel dificílimo. Minhas homenagens a ele também.
Sensacional.
Abraços
Elaine
Meus queridos:
No início, o filme assombra pelos efeitos. É inacreditável ver o bebê-velho, abandonado na escada de um asilo, com o rosto enrugado de Brad Pitt. Leva algum tempo para que essa sensação de estranheza se dissipe, mas o ritmo pacato e centrado do primeiro ato é focado nesse sentido. Conforme Benjamin torna-se capaz de sentar-se, começa a balbuciar suas primeiras palavras, levanta-se com o auxílio de muletas. Aos poucos, vamos nos acostumando com o corpo senil de Pitt, criado através de computação gráfica e efeitos práticos de maquiagem. Enfim, quando Benjamin está pronto para explorar o mundo lá fora estamos mais que prontos a acompanhá-lo. Nesse ponto, o filme torna-se poético e assim o é até o final.
Como Benjamin foi criado em um asílo começamos a pensar sobre a mortalidade, a passagem do tempo e o amor, em uma bem amarrada sucessão de eventos históricos vividos pelo protagonista.
Uma das cenas que mais me chamou a atenção, no início do filme, foi a do Sr. Cake, um relojoeiro cego que constroi um enorme relógio para ser colocado na estação de trem local.
O paralelo traçado com os ponteiros do relógio girando na direção anti-horária, dão alusão à volta no tempo, para que talvez os pais, incluindo o Sr. Cake, pudessem ter seus filhos vivos novamente, uma vez que muitos morreram na guerra.
Pensei também, e aí entra o paralelo, que a vida de Benjamin seguia no sentido anti-horário! Fiquei encantada com a qualidade do insight inserido no contexto do filme. Chocante! Impressionou-me pelo fato de o relógio estar funcionando no sentido exato da vida de Benjamin, voltando no tempo.
A estrutura lembra bastante Forrest Gump - o roteiro é de Eric Roth, e não falta aqui também um relacionamento impossível, como o de Forrest e Jenny. Benjamin "cresceu" ao lado da menina Daisy, que ele encontra nas férias quando a garota vai visitar a avó no asilo. A diferença de idade aparente, porém, os afasta. Até que eles se encontram anos depois - ela 20 anos mais velha, ele 20 anos mais moço. Aliás, a cena em que Cate Blanchett, que vive Daisy, ao pé da escada, reconhece o amigo, é uma das mais emocionantes do filme.
O casal protagonista está perfeito, bem como o excepcional elenco de apoio que inclui Tilda Swinton (Elizabeth Abbot), Taraji P. Henson (Queenie), Jason Flemyng (Thomas Button) e Jared Harris (capitão Mike), Joeanna Sayler (Caroline Button).
Eu acho que falar ou escrever, não traduz o filme. Assistam pois é excelente. Prende a atenção, é lindo, faz pensar, a fotografia é MARAVILHOSA. O elenco ARRASA.
Minha especial homenagem à Cate Blanchett pois sua interpretação foi excepcional. Ela no papel de velha, brilhante! Cate dançando? Perfeita! Eu acho que o Oscar de 2009 tem de ir para ela.
Brad Pitt, muito bem, num papel dificílimo. Minhas homenagens a ele também.
Sensacional.
Abraços
Elaine
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