
Meus queridos:
Eu fui gorda, não tanto quanto Precious, mas sei bem como é ser discriminada. Ah, também se recebe por vezes a recriminação da própria mãe já que você não é bem o modelo de beleza que ela idealizou.
Este filme, bem, este filme é doloroso, pois não importa muito se ela é negra, amarela ou branca, a discriminação acontece, quando a mãe é mal-resolvida, o pai é omisso, ou tarado (o que acontece no filme). A discriminação ao filho, seja em que situação for, é cruel, desorienta a criança, e faz com que ela fique com baixa estima e normalmente, medrosa e com sentimento de culpa quase que o tempo todo e em qualquer situação.
Bem, pessoal, vale assistir principalemente pela atuação MAGISTRAL DE MO'NIQUE, no papel de MARY, mãe de Precious. Mais que merecidamente, ela ganhou o Oscar e foi aplaudida de pé... ELA FOI BRILHANTE.
Vamos lá.
Claireece Precious Jones (Gabourey Sidibe), a Preciosa do título, é uma adolescente de 16 anos. Negra, obesa e analfabeta, que sofre uma série de privações em seu dia-a-dia, ela passa por todo o tipo de infortúnio. Violentada pelo pai (Rodney Jackson) e abusada fisica e psicologicamente pela mãe (Mo'Nique), a jovem cresce irritada e sem qualquer tipo de amor.O fato de ser pobre também não a ajuda nem um pouco. Além disto, Preciosa tem uma filha (de seu próprio pai) apelidada de "Mongo", por ser portadora de síndrome de Down, que está sob os cuidados da avó. Quando engravida pela segunda vez (novamente, do pai), ela é suspensa da escola.
A sra. Lichtenstein (Nealla Gordon) consegue para a adolescente uma escola alternativa, que possa ajudá-la a melhor lidar com sua vida. Lá Preciosa encontra um meio de fugir de sua existência traumática, se refugiando em sua imaginação.
O longa é triste sim, melancólico, mas não chega a ser deprimente. Há um fio de esperança na trama, e a sensação de que os sonhos podem amenizar as dores. Talvez seja uma ilusão, especialmente quando temos consciência que a personagem é facilmente encontrada em qualquer esquina e sua história é muito real. Existem milhões de "Preciosas" no mundo, mas isto não implica dizer que não há como mudar um destino aterrorizador. Sempre haverão almas boas que resgatam nossas vidas com amor.
Vale assistir e eu indicarei milhões de vezes a quem quer que me pergunte... E direi ao final: - Nunca seja uma mãe como Mary (Mo'Nique)
Abraços
Elaine
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